Kopittke, Luciane2023-09-192023-09-192023-09-192018-12-14https://axis.ghc.com.br/handle/123456789/71O provimento de medicamentos através de ordens judiciais tem levado a amplas discussões em virtude da magnitude e do grande impacto sobre a gestão dos recursos públicos, uma vez que a decisão judicial se dá de forma diferente da organização e dos princípios do SUS. Este trabalho teve como objetivo caracterizar as demandas judiciais para a obtenção de medicamentos e analisar o perfil sociodemográfico dos requerentes na judicialização de medicamentos. É um estudo observacional transversal retrospectivo de todas as demandas judiciais por medicamentos deferidas a favor do requerente e ajuizadas por usuário de Porto Alegre contra a Secretaria Estadual de Saúde do RS no período de março de 2017 a fevereiro de 2018. A maioria dos processos analisados foi ajuizada pela Defensoria Pública Estadual; 72,1% dos usuários possuíam prescrições médicas de origem privada e mista; 72,3% dos medicamentos solicitados foram considerados como “fora de lista”, e cerca de 60% dos processos foram provenientes de usuários com melhores condições socioeconômicas e mais acesso a informações dos seus direitos, residindo em áreas com melhores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal. Os dados revelam que a judicialização vai em sentido oposto ao princípio da equidade, favorecendo indivíduos com melhores condições e com acesso à informação. A criação de uma Comissão de Farmácia e Terapêutica e o emprego da avaliação de tecnologias em saúde poderão subsidiar as decisões judiciais e auxiliar na elaboração de pareceres técnicos e protocolos clínicos.PortuguêsAcesso AbertoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/Saúde PúblicaBrasilSistema Único de SaúdeEquidade em SaúdeAssistência FarmacêuticaEQUIDADE E O PERFIL DA JUDICIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS IMPETRADOS CONTRA A SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE SAÚDE DO RS PELOS USUÁRIOS DE PORTO ALEGREEQUITY AND THE PROFILE OF THE JUDICIALIZATION OF MEDICINES FILED AGAINST THE STATE SECRETARIAT OF HEALTH OF RS BY USERS OF PORTO ALEGREDissertação