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CUSTOS DA CIRURGIA DE COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: AFERIÇÃO POR MICROCUSTEIO E COMPARAÇÃO DE DOIS HOSPITAIS ESCOLA DE PORTO ALEGRE/RS
(Grupo Hospitalar Conceição, 2019-03-28) Ferranti, Eliziane; Oliveira, Vanessa Martins de; Neyeloff, Jeruza Lavanholi
O objetivo deste estudo foi aferição do custo da cirurgia de colecistectomia videolaparoscópica, por microcusteio, em dois hospitais escola de Porto Alegre, estimando os custos totais e parciais do procedimento e a identificação de diferenças na prestação do serviço nos hospitais. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, quantitativo e prospectivo, com uma população de 40 pacientes (20 em cada hospital). Verificou-se que o custo mediano da cirurgia foi de R$2.035,61 (R$1.878,49-R$2.462,54) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), e R$2.297,15 (R$2.193,39-R$2.922,28) no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). As atividades que envolvem o processo da cirurgia se assemelham nos hospitais, porém o tempo que consomem profissionais apontam diferenças que impactam o custo final. Analisou-se a representatividade mediana dos custos diretos através dos recursos utilizados no HCPA e HNSC, sendo respectivamente: pessoal (58,8% e 45,5%); estrutura (22,6% e 18,1%) e materiais e medicamentos (18,2% e 34,7%). Entre os custos diretos, apresentaram diferenças significativas entre as duas instituições os custos de pessoal e de materiais e medicamentos. Nos custos de pessoal, houve destaque do grupo enfermeiros, com custo 273% maior no HCPA, devido ao valor/hora dos profissionais e ao tempo dedicado aos pacientes. Já nos materiais e medicamentos o custo ficou 92,7% maior no HNSC, devido a forma de lançamento dos anestésicos inalatórios. Os resultados desta pesquisa demonstram que a metodologia de microcusteio é factível para mensuração e comparação de custos em avaliações econômicas de saúde.
TRANSPLANTE CARDÍACO: ANÁLISE DE CUSTOS TOTAIS DO PRÉ AO PÓS-TRANSPLANTE, NA PERSPECTIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
(Grupo Hospitalar Conceição, 2019-03-29) Zeilmann, Laís Maciel Guterres; Oliveira, Vanessa Martins de; Neyeloff, Jeruza Lavanholi
O Transplante Cardíaco permanece como a melhor opção terapêutica, para o Tratamento da Insuficiência Cardíaca, melhorando a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes. No Brasil, esse procedimento é totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não se tem dados nacionais dos custos reais do tratamento desses pacientes do ponto de vista do prestador de serviços, sendo este o objetivo da pesquisa. Para tanto, foi realizado um estudo retrospectivo dos pacientes que realizaram Transplante Cardíaco de julho de 2015 a julho de 2017 em um Hospital Público Terciário., sendo arrolados 25 pacientes usuários do SUS. Os dados foram analisados através de microcusteio, com o objetivo de mapear os custos envolvidos no tratamento destes pacientes, considerando a linha de cuidado como um todo (do pré ao pósoperatório), incluindo o acompanhamento ambulatorial e internações, até 1 ano de segmento pós transplante, comparando o custo real sob da perspectiva de um Hospital Público Terciário e o valor previsto para repasse da tabela SUS. Partindo dessa análise, foi possível identificar que de toda linha de cuidado, a internação índice é que a representa os custos mais elevados, representando 62% do total da linha de cuidado, seguido das internações pré e pós-transplante (25%) e cuidado ambulatorial (13%), sendo a estrutura o componente de custo que representou maior impacto. Tais achados evidenciaram a discrepância entre os custos reais e a receita oriunda do SUS, sendo respectivamente uma média por paciente de R$236.865,54 versus R$ 93.877,99.