Avaliação e Produção de Tecnologias para o SUS-GHC
URI permanente para esta coleção https://axis.ghc.com.br/handle/123456789/8
Navegar
Item ANÁLISE DO ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE GESTANTES DURANTE A FASE ATIVA DE PARTO NORMAL EM UM CENTRO OBSTÉTRICO NO SUL DO BRASIL(Grupo Hospitalar Conceição, 2020-10-02) Assis, Samanta Pezzi Gomes de; Silva, Daniel Demétrio Faustino da; Rosa, Patrícia Viana daO modelo de parto deve incentivar as boas práticas obstétricas, como os métodos não farmacológicos para alívio da dor e o estímulo à movimentação. Neste processo, o fisioterapeuta atua utilizando as tecnologias não farmacológicas, suporte físico e posicionamento à gestante. Objetivos: avaliar o nível de dor, o tipo e o tempo de parto nas gestantes em trabalho de parto ativo antes e após o acompanhamento fisioterapêutico, em comparação ao acompanhamento de rotina do Centro Obstétrico do Hospital Fêmina em Porto Alegre-RS. Métodos: estudo quase experimental que avaliou as parturientes maiores de 18 anos, em fase ativa do trabalho de parto, com feto na posição cefálica, único, com gestação de baixo risco a termo de 37 semanas ou mais. A amostra foi composta por 81 gestantes, 40 no grupo teste (GT), acompanhado pela equipe de fisioterapia, e 41 no grupo comparação (GC) acompanhado pela equipe do centro obstétrico. Os grupos foram comparados através de teste estatístico adequado a sua distribuição (Teste t de Student, Mann - Whitney ou Qui - quadrado). O nível de significância adotado neste trabalho foi de 5% (p-valor<0,05). Resultados: idade materna, com média de 26,28 anos (±6,15), idade gestacional com média de 39,51 semanas (±1,13). 39 mulheres eram primíparas, e 42 multíparas. Referente as condutas para alívio da dor verificou-se a preferência pelo banho em ambos os grupos, 20 parturientes (50%) adotaram essa postura no GT e 27 parturientes (65,9%) no GC. O uso da bola foi preferido por 11 parturientes (27,5%) do GT e 4 (9,8%) do GC. E a caminhada teve adesão de 9 parturientes (22,5%) no GT e 10 parturientes (24,4%) no GC. Em relação à dor, o GT apresentou grau de dor inicial de 6,52 (±2,7) e após a postura de 6,15 (±2,8). Já o GC apresentou dor 6,78 (±2,7) e 6,63 (±2,8) após a conduta (p=0,656 e p=0,623, respectivamente). A magnitude da variação da dor foi significativamente maior na caminhada que no banho (+1,21 vs -0,7 respectivamente [p= 0,009]), porém sem diferença com relação a bola. A fase ativa de trabalho de parto se demonstrou maior no grupo teste do que no grupo comparação, porém sem diferença estatística ocorrendo em média de 8h03min no GT (mínimo de 42 min à 28h46min [p= 0,958]) e no GC 6h58 (mínimo de 1h22min à 20h30min [p= 0,723]). As intervenções médicas e intercorrências pré e intraparto foram equivalentes entre os grupos. Conclusão: não houve diferenças estatisticamente significativas para o acompanhamento fisioterapêutico na redução da dor, redução do tempo da fase ativa de trabalho de parto, e na redução no número de intervenções e intercorrências pré e intraparto quando comparado ao manejo habitual do centro obstétrico.