Teses e Dissertações
URI permanente desta comunidade https://axis.ghc.com.br/handle/123456789/3
Navegar
Item ASSOCIAÇÃO ENTRE A CONSULTA ODONTOLÓGICA E O ÍNDICE GLICÊMICO EM PACIENTES COM DIABETES TIPO 2 NA ATENÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DE COORTE(Grupo Hospitalar Conceição, 2019-05-17) Horbach, Aurea Letícia; Baldisserotto, Julio; Celeste, Roger KellerIntrodução: O diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) tem se mostrado como um grave problema de saúde pública sendo seu enfrentamento um importante desafio para as equipes de saúde. A consulta odontológica na Atenção Básica se insere neste contexto como uma tecnologia que amplia a integralidade do cuidado, podendo desempenhar um papel coadjuvante no controle glicêmico desses pacientes. Objetivo: Avaliar a associação entre as consultas odontológicas por qualquer motivo e a variação no índice glicêmico de pacientes com DM2 considerados controlados e não controlados. Materiais e métodos: A amostra incluiu pacientes adultos com DM2 e hemoglobina glicada (A1C) ≥7% e <7% que foram atendidos e acompanhados em um serviço de Atenção Primária em Saúde. Dados sobre a variação do índice A1C foram obtidos do sistema de informações da instituição e medidos como parte do protocolo do serviço. Na linha de base, foi realizado um questionário com informações socioeconômicas, clínicas e comportamentais. Análises por regressão linear múltipla testou termos de interação de todas variáveis com o nível glicêmico inicial com apenas uma interação significativa a um nível de 5%. Resultados: No total, 507 pessoas formaram a amostra sendo 65% mulheres, com idade predominante entre 55 e 74 anos, e foram acompanhadas pela média de 5,4 anos. Pessoas com mais idade na linha de base reduziram o índice glicêmico anualmente em média -0,02 ponto percentual (pp) (IC95%: -0,04, -0,01) independentemente do controle glicêmico inicial. Participantes com dieta considerada não adequada no início do estudo tiveram um aumento de 0,34pp (-0.06, 0.74) em ambos os grupos. Os pacientes com a glicemia inicial não controlada e que receberam consulta odontológica tiveram redução média na A1C de -0,56 pp (IC95% -1,06:-0,56), enquanto que o grupo que já tinha a glicemia controlada teve um aumento de 0,34 pp (IC95% -0,18:0,87) não significativo. Conclusão: Neste estudo, a consulta odontológica esteve associada a uma melhora na A1C de aproximadamente meio ponto percentual nos pacientes que estavam com a glicemia inicial considerada como não controlada. Relevância clínica: Promover melhores condições de saúde bucal pode desempenhar um papel relevante no cuidado do paciente com DM2 não controlado. Ações bem estruturadas e que promovam a integralidade na atenção e cuidado desses pacientes devem ser promovidas no espaço da Atenção Básica.Item PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO OVERVIEW DE REVISÕES SISTEMÁTICAS(Grupo Hospitalar Conceição, 2017-05-15) Edelweiss, Marcos Krahe; Baldisserotto, Julio; Castro Filho, Eno Dias deContexto: A hipertensão é um fator de risco bem conhecido para doenças cardiovasculares e mortalidade. As plantas medicinais são fonte de muitas drogas e podem oferecer soluções para a terapia anti-hipertensiva. Métodos: Foi realizado um overview de revisões sistemáticas. Uma busca abrangente na literatura foi conduzida em 9 bases de dados, abrangendo publicações de 2006 a novembro de 2016. Foram selecionadas revisões sistemáticas (RS) que estudaram o efeito de plantas medicinais no tratamento de pacientes hipertensos. Os desfechos pesquisados foram: morbimortalidade cardiovascular, efeito anti-hipertensivo, qualidade de vida e efeitos colaterais. As RS foram avaliadas pelo questionário AMSTAR. Resultados: 41 RS foram selecionadas. 23 realizaram meta-análise. 51% das RS foram avaliadas como sendo de boa qualidade. Os ensaios incluídos nas RS foram de curta duração e os desfechos cardiovasculares não puderam ser investigados. Apenas uma RS avaliou qualidade de vida. Há uma evidência de qualidade moderada, de que o alho, chá verde, chá preto e linhaça, diminuem ligeiramente a pressão arterial. Existem evidências fracas de que Hibiscus sabdariffa, Nigella sativa, beterraba, produtos de cacau, extrato de semente de uva, suco de uva e Salvia hispanica (chia) tenham um efeito positivo na redução da pressão arterial. A evidência atual aponta para a ausência de efeito na pressão arterial de Panax spp. (Ginseng), Ginkgo biloba, Crataegus monogyna (hawtorn), Ribes nigrum e Pinus pinaster (marca registrada Picnogenol®). Conclusões: não há evidências convincentes para o uso de plantas medicinais como substituto dos fármacos anti-hipertensivos habituais. Entretanto, como a maioria das plantas estudadas são muito seguras e amplamente utilizadas pela população, algumas delas podem ser incluídas em estratégias dietéticas para o manejo da hipertensão.Item UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA E-SUS NO REGISRO DE PROCEDIMENTOS E CONSULTAS DA ATENÇÃO BÁSICA NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS(Grupo Hospitalar Conceição, 2017-05-15) Thum, Moara Ailane; Celeste, Roger Keller; Baldisserotto, JulioO Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) vem sendo implementado desde 2013 através da estratégia e-SUS AB. Trata-se de uma inovação tecnológica na forma de um software que visa a reorganização da coleta de informações. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da implementação do e-sus na notificação de procedimentos e consultas no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) dos municípios brasileiros e verificar as características dos municípios que implementaram o e-sus mais precocemente. Trata-se de um recorte dos anos de 2011 a 2016, classificados como antes, durante e após a implantação do e-. Observou-se que a implementação do e-sus não está associada com as taxas de procedimentos e consultas notificadas no SIA-SUS. Municípios com cobertura de 100% de Estratégia Saúde da Família apresentam maior registro de procedimentos (RT= 1,61) e consultas (RT=1,31). Enquanto municípios com mais de 100 mil habitantes demonstram um menor registro de notificações. Municípios com maiores coberturas de ESF e de menor porte foram os que iniciaram com a utilização do sistema mais precocemente. Os achados não evidenciaram aumento do registro de procedimentos ou consultas e enquanto avaliação de tecnologias para o SUS podem apoiar os gestores quanto à utilização ou manutenção do uso do sistema. O efeito não representou redução drástica de notificações, o que corrobora com os demais benefícios esperados com a utilização de um sistema informatizado, como a qualificação dos registros, redução da burocracia, otimização de recursos.