Teses e Dissertações
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Resultados da Pesquisa
Item A CONSULTA DE ENFERMAGEM BASEADA NA ENTREVISTA MOTIVACIONAL COMO ESTRATÉGIA PARA O CONTROLE DA DIABETES MELLITUS TIPO 2 E HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: Um ensaio clínico randomizado(Grupo Hospitalar Conceição, 2019-08-23) Steffen, Pâmela Leites de Souza; Silva, Daniel Demétrio Faustino da; Mendonça, Claunara SchillingIntrodução: A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e a Hipertensão Arterial (HA) constituem-se como grandes desafios aos sistemas de saúde mundialmente, e possuem como pilares para o seu controle e redução da morbimortalidade a promoção da adesão e do autocuidado. A Entrevista Motivacional (EM) surge como um estilo de comunicação habilidoso que tem se mostrado efetivo para promover mudanças em uma ampla variedade de comportamentos relacionados com a saúde, entre eles, na Hipertensão e Diabetes. Objetivos: O presente estudo teve por objetivo avaliar a efetividade da Consulta de Enfermagem baseada nos pressupostos e técnicas da Entrevista Motivacional para o controle da DM2 e HA na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Tratou-se de um ensaio clínico randomizado, controlado, paralelo e duplo-cego realizado em três Unidades de Saúde da Zona Norte de Porto Alegre, no período de junho de 2018 a julho de 2019. Participaram do estudo 194 portadores de DM2 com diagnóstico de HA associado, estratos de risco 3 e 4, os quais foram randomizados eletronicamente para Grupo Teste/EM e Grupo Controle / Abordagem convencional. O Grupo Teste recebeu a intervenção consulta de enfermagem baseada nos pressupostos e técnicas da Entrevista Motivacional (EM) por profissional treinado com 20h e o Grupo Controle consulta de Enfermagem usual conforme rotina desses serviços. Como variáveis dependentes e de desfechos principais foram avaliadas as diferenças médias de hemoglobina glicada (HbA1c) e de pressão arterial, na linha de base e a partir de 3 meses após o término das intervenções. Como desfechos secundários foram avaliados nível de adesão, nível de autoeficácia geral e graus de importância e de confiança para a mudança de comportamentos não saudáveis, a partir de instrumentos específicos, auto aplicados. Os sujeitos da pesquisa, o responsável por sua randomização e alocação, os aferidores dos desfechos, bem como os responsáveis pela análise de dados foram cegados. Resultados: Dos 194 diabéticos e hipertensos que receberam as intervenções, completaram o estudo após uma média de 6 meses de acompanhamento, 175 pacientes, representando 81 pessoas no grupo Controle/Abordagem convencional e 94 no grupo Teste/EM. Houve diferença significativa entre os grupos com melhora no grupo Teste/EM para os desfechos Pressão Arterial Sistólica - PAS (p=0,000), Pressão Arterial Diastólica – PAD (p=0,000), Escore total de Adesão Martín-Bayarre-Grau (p=0,011) e suas dimensões ‘Cumprimento do tratamento’ e ‘Implicação pessoal’ (p=0,033; p=0,031). Os níveis tensionais dos pacientes que receberam a intervenção com Entrevista Motivacional apresentaram redução média de 15,2 mmHg (DP=2,6 mmHg) em PAS e de 6,4 mmHg (DP=1,4 mmHg) em PAD, em comparação ao grupo controle. O grupo Teste apresentou ainda decréscimo de 0,3% em HbA1c entre grupos, além de ter tido redução média intragrupo significativa de 0,5% na conclusão do estudo (p=0,001), com máxima de -5,3% e mínima de +2%. Conclusão: A consulta de Enfermagem baseada na Entrevista Motivacional se mostrou efetiva na redução dos níveis pressóricos e glicêmicos, bem como na melhora dos níveis de adesão em pacientes hipertensos e diabéticos no contexto da Atenção Primária à Saúde.Item GRUPO DE GESTÃO AUTÔNOMA DA MEDICAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA TECNOLOGIA PARA O EMPODERAMENTO DE PESSOAS COM DIABETES MELITO TIPO 2(Grupo Hospitalar Conceição, 2017-05-15) Einloft, Fernanda Miranda Seixas; Kopittke, Luciane; Diercks, Margarita Luz Marina da SilvaEste estudo visa a analisar o empoderamento de usuários de unidades de saúde, diagnosticados com diabetes melito tipo 2 (DM2), após participação em grupos, que utilizaram a tecnologia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM). Trata-se de um estudo quase experimental. Foi utilizada uma adaptação da metodologia do Guia GAM Brasileiro, da saúde mental, para usuários com diabetes. Foram incluídos usuários pertencentes à área adscrita de 04 Unidades de Saúde do Serviço de Saúde Comunitária, do Grupo Hospitalar Conceição, com DM2, cujos níveis glicêmicos não estavam controlados. Como instrumentos de medida, foram utilizados questionário sócio-demográfico e a Escala de Empoderamento. Esta última aplicada e analisada antes e depois dos grupos. O número total de participantes foi de 27 (23 participaram dos 8 encontros da metodologia proposta), sendo 81,4% com mais de 60 anos e a maioria de mulheres. No que se refere à escolaridade, apenas 1 participante não sabia ler, sendo a maior porcentagem da amostra com ensino fundamental I completo e fundamental II incompleto. Com relação ao empoderamento, houve aumento do escore nas subescalas I (média de 3,9 para 4,4; valor p=0,008) e III (média de 3,9 para 4,3; valor p=0,033), bem como no escore global (média de 3,9 para 4,28; valor p=0,013), com (p<0,05). Em relação à hemoglobina glicada, não houve diferença estatisticamente significativa, apresentando um valor p= 0,251; no entanto, houve uma queda de 0,426 na média de antes e depois. Os resultados sugerem que a tecnologia adaptada de grupos GAM pode ser utilizada como uma ferramenta de qualificação do cuidado, melhorando o controle do diabetes em pacientes da Atenção Primária à Saúde.