VALIDAÇÃO DE UM TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA PARA PREVER SUCESSO NA EXTUBAÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS

Abstract

Objetivo: Avaliar o Teste de Respiração Espontânea com pressão de suporte mínima para prever sucesso na extubação de recém-nascidos (RN) e identificar variáveis demográficas e clínicas relacionadas à falha na extubação. Desenho do estudo: Estudo de coorte observacional. Pacientes: RNs submetidos à ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24h e com extubação programada. Métodos: Os RNs elegíveis foram submetidos ao teste no modo ventilatório de pressão positiva contínua nas vias aéreas com pressão de suporte mínima, por 10 minutos, antes de extubar, sendo monitorados durante este período e classificados como falha no teste na presença de algum destes critérios: bradicardia, queda na saturação de pulso de oxigênio, aumento no esforço respiratório ou apneia. O resultado do teste não foi comunicado. Resultados: Foram realizados 170 testes. Houve 143 extubações com sucesso, destas 138 também passaram no teste com sensibilidade de96,5% (IC95%: 92,0-98,8). Das 28 extubações que evoluíram com falha na extubação (16,4%),16 também falharam no teste com especificidade de 57,1%, (IC95%: 37,2-75,5). O valor preditivo negativo foi de 72,2% (IC95%: 52,5-91,0). O valor preditivo positivo foi de 92% (IC95%: 86,1-95,6). %. Nos RNs com IG ˃ 37 semanas e com peso ˃ 2500g a acurácia de teste foi 98% sob área da curva ROC. As falhas na extubação ocorreram mais nos bebês prematuros (p=0,05), com menor peso ao nascer (p=0,03), e no momento da extubação (p=0,02), com mais de 7 dias de ventilação mecânica (p=0,02), que estavam recebendo algum tipo de sedação no momento da extubação (p<0,01) e tinham persistência do canal arterial hemodinamicamente significativo (p=0,01). Conclusão: O teste de respiração espontânea com ventilação de pressão de suporte mínima pode ser capaz de prever sucesso de extubação com excelente acurácia em RN a termo e maiores sendo menos preditivo nos demais.