Residência Multiprofissional em Saúde
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Item OS DESAFIOS DA IMPLANTAÇÃO DO ACESSO AVANÇADO EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE(Grupo Hospitalar Conceição, 2020) Semeunka, Samantha Mendes; Takeda, Silvia Maristela Pasa; Silva, Rodrigo Godoy daObjetivo geral: Descrever e avaliar as mudanças na organização do acesso da população aos recursos e serviços da Unidade de Saúde Parque dos Maias, do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição. Justificativa: Conhecer os desafios de realizar mudanças nos processos de trabalho e organização da equipe de saúde e avaliar o desempenho do serviço antes e após as mudanças é fundamental para qualificar a atenção à saúde. Fundamentação teórica: A facilidade de acesso é um fator importante para a qualidade dos serviços de saúde. O tema é objeto de análise na literatura, tendo sido estudada, por exemplo, a existência de barreiras tais como as filas para marcação de consultas, e apontadas estratégias para sua superação (ASSIS; JESUS, 2012). A investigação dos aspectos relacionados ao acesso tem ampliado a discussão do problema e qualificado as respostas dos serviços de saúde (TEIXEIRA, 2005). Nos serviços de Atenção Primária, porta de entrada ao sistema de saúde, o fácil acesso é fundamental para a qualidade da atenção e resolutividade (PEREIRA, 2006; STARFIELD, 2004). As dificuldades no acesso da população aos recursos e serviços de saúde são universais. No mundo, assim como no Brasil, é um tema constantemente em pauta. Várias formas de organização dos serviços vêm sendo propostas e entre elas estão o Acolhimento e o Acesso Avançado. O Acolhimento visa humanizar relações e avaliar todas as demandas do dia, identificando riscos e respondendo de forma adequada segundo estes riscos e representou um avanço em muitos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), ampliando o acesso (Humaniza SUS/MS). O Acesso Avançado, da mesma forma visando o cuidado humanizado, vínculo, integralidade e coordenação do cuidado, propõe que se responda às demandas quando elas se apresentam, diminuindo assim a demora no atendimento nos agendamentos semanais ou mensais, o que retarda o cuidado (MURRAY; TANTAU, 2003). Metodologia: A avaliação das mudanças na organização do acesso será feita combinando-se diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, configurando o que é chamado de triangulação. O estudo propõe-se a descrever o processo de mudança, utilizando ferramentas de análise de caso, além de avaliar se houve mudanças no acesso aos recursos e serviços através de estudo quantitativo do tipo experimental não controlado (antes e depois), tendo como intervenção a implantação de mudanças em direção ao Acesso Avançado, bem como conhecer a percepção dos usuários e dos profissionais a respeito das mudanças através de pesquisa qualitativa exploratória, utilizando questionário semiestruturado, sendo seu objetivo ampliar o acesso garantindo vínculo/longitudinalidade, integralidade e coordenação na equipe. O estudo foi realizado na Unidade de Saúde Parque dos Maias, que integra o Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, sendo o seu projeto submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição, e inserido na Plataforma Brasil.Item OS OUTROS TAMBÉM TÊM PROBLEMAS: A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS ACERCA DE UMA PRÁTICA DE ACOLHIMENTO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE(Grupo Hospitalar Conceição, 2014) Pinheiro, João Paulo; Proença, Emanuele LuizA atenção básica em saúde tem demonstrado grande potencial para o cuidado em saúde mental. Contudo, ainda existem problemas a serem superados, entre eles, o desenvolvimento e qualificação de dispositivos de cuidado alternativos à medicalização do sofrimento psíquico. O presente estudo investigou a percepção dos usuários acerca do Acolhimento Coletivo em Saúde Mental de uma unidade de atenção básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e foram sujeitos de pesquisa os usuários de uma unidade de atenção básica em saúde que participaram de um dispositivo de acolhimento coletivo em saúde mental de julho de 2012 a fevereiro de 2013. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas individuais, e as informações obtidas foram trabalhadas a partir da análise de conteúdo. Foi possível averiguar que entre os entrevistados há o predomínio de concepções centradas na individualização, na patologização e medicalização do sofrimento, que são reforçadas pela forma como a equipe acolhe as demandas e oferece o cuidado. Ainda assim, dispositivo de acolhimento em questão mostrou-se potente em gerar demanda de grupalidade e coletivização das questões em saúde mental. Apesar de ter sido considerado insuficiente em seus benefícios pelos usuários, entendeu-se que essa avaliação do dispositivo de acolhimento precisa ser tomada em um contexto mais amplo, do funcionamento da equipe e da cultura técnica em que esta está inserida. Concluiu-se que o dispositivo em questão precisa potencializar sua capacidade de corresponsabilizar equipe, usuários, comunidade e rede de saúde e intersetorial, promovendo um cuidado voltado à promoção de autonomia e cidadania, assim como à consolidação da Reforma Psiquiátrica e Sanitária.