Mestrado
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Item DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE(Grupo Hospitalar Conceição, 2017-05-15) Berger, Carla Baumvol; Castro Filho, Eno Dias de; Dallegrave, DanielaNo Brasil, o Ministério da Saúde refere que há defasagem na relação médico/habitante para oferta de serviços à população. Não apenas faltam médicos em diversas regiões do país, mas, em especial, faltam especialistas em Atenção Primária à Saúde. Uma das estratégias de enfrentamento seria a implantação de um Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade fora dos grandes centros urbanos. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da implantação e implementação das iniciativas integrantes deste Programa, protagonizado pelo Grupo Hospitalar Conceição, voltado a promover a desconcentração da formação médica e fomentar as experiências locais. O estudo teve abordagem qualitativa tipo pesquisa-intervenção. Foram analisados dados extraídos de documentos e do diário de campo da pesquisadora. Além desses, houve também a análise de informações obtidas mediante a aplicação de um instrumento semiestruturado aos sujeitos envolvidos no Programa. Evidenciou-se que a capacitação de preceptores a distância, uma inovação apresentada pela autora, ofereceu uma maneira alternativa de formação e possibilitou compartilhar conhecimentos, investindo na qualificação de profissionais locais para atuarem, também, na formação de outros colegas.Item ESPIRITUALIDADE NA PROMOÇÃO DE RESILIÊNCIA(Grupo Hospitalar Conceição, 2019-09-30) Schwalm, Fábio Duarte; Castro Filho, Eno Dias de; Lucchetti, GiancarloObjetivo: Avaliar a associação entre espiritualidade e resiliência e a relação com a saúde. Revisar a literatura sobre o tema destacando os fatores promotores de resiliência, principalmente o papel da espiritualidade nesse processo. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise usando os bancos de dados Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science, PsycInfo, CINAHL e LILACS, de acordo com as diretrizes do PRISMA, para identificar estudos observacionais que correlacionem, por meio de escalas validadas, medidas de espiritualidade e resiliência. Resultados: Foram encontrados 34 estudos observacionais (total de 6.653 pacientes) com metodologia adequada. No total da amostra, a correlação entre espiritualidade e resiliência foi positiva e estatisticamente significativa (r = 0.4 [IC 95% 0.32 – 0.48], p < 0.01). Quando se analisaram os estudos de mais alta qualidade, o resultado foi mantido (r = 0.37 [IC 95% 0.23 – 0.49], p < 0.01). Conclusão: A literatura sobre o tema é vasta. Foi identificada uma correlação positiva moderada entre espiritualidade e resiliência. No entanto, a amostra apresentou alta heterogeneidade, e isso se reproduziu em todos os agrupamentos de estudos com similaridades de população ou de instrumentos de aferição das variáveis, o que deve ser considerado na interpretação dos resultados. Os achados sobre a associação permitem a hipótese de que abordagens terapêuticas com foco na espiritualidade poderiam resultar em fortalecimento da resiliência. São necessários mais estudos de intervenção, como Ensaios Clínicos Aleatorizados, para avaliar práticas terapêuticas de orientação espiritual visando a este desfecho.Item PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO OVERVIEW DE REVISÕES SISTEMÁTICAS(Grupo Hospitalar Conceição, 2017-05-15) Edelweiss, Marcos Krahe; Baldisserotto, Julio; Castro Filho, Eno Dias deContexto: A hipertensão é um fator de risco bem conhecido para doenças cardiovasculares e mortalidade. As plantas medicinais são fonte de muitas drogas e podem oferecer soluções para a terapia anti-hipertensiva. Métodos: Foi realizado um overview de revisões sistemáticas. Uma busca abrangente na literatura foi conduzida em 9 bases de dados, abrangendo publicações de 2006 a novembro de 2016. Foram selecionadas revisões sistemáticas (RS) que estudaram o efeito de plantas medicinais no tratamento de pacientes hipertensos. Os desfechos pesquisados foram: morbimortalidade cardiovascular, efeito anti-hipertensivo, qualidade de vida e efeitos colaterais. As RS foram avaliadas pelo questionário AMSTAR. Resultados: 41 RS foram selecionadas. 23 realizaram meta-análise. 51% das RS foram avaliadas como sendo de boa qualidade. Os ensaios incluídos nas RS foram de curta duração e os desfechos cardiovasculares não puderam ser investigados. Apenas uma RS avaliou qualidade de vida. Há uma evidência de qualidade moderada, de que o alho, chá verde, chá preto e linhaça, diminuem ligeiramente a pressão arterial. Existem evidências fracas de que Hibiscus sabdariffa, Nigella sativa, beterraba, produtos de cacau, extrato de semente de uva, suco de uva e Salvia hispanica (chia) tenham um efeito positivo na redução da pressão arterial. A evidência atual aponta para a ausência de efeito na pressão arterial de Panax spp. (Ginseng), Ginkgo biloba, Crataegus monogyna (hawtorn), Ribes nigrum e Pinus pinaster (marca registrada Picnogenol®). Conclusões: não há evidências convincentes para o uso de plantas medicinais como substituto dos fármacos anti-hipertensivos habituais. Entretanto, como a maioria das plantas estudadas são muito seguras e amplamente utilizadas pela população, algumas delas podem ser incluídas em estratégias dietéticas para o manejo da hipertensão.